26 de setembro de 2004

INDIE - DIAS 1 E 2

Lotação esgotada para a abertura, como se (eu) esperava. 24 antes, já não restavam bilhetes para o BEFORE SUNSET. Lá nos abanámos com leques ou com o que se apanhou a jeito (já lá irei ao assunto...) enquanto assistíamos ao comovente reencontro das duas personagens, em Paris.
Um filme romântico mesmo para quem não gosta de romantismos. Uma película que parece feita de simplicidade: planos sequência, dos dois nas ruas de Paris, diálogo constante, ausência de grandes acções... E contudo, somos tocados. E contudo, criamos empatia total com os protagonistas. A recomendar, aos corações sensíveis, assim que estrear em sala ;)

Hoje, assisti ao FOG OF WAR, um documentário americano, bem escrito, bem realizado e, sobretudo, montado de forma hábil. Através da entrevista ao antigo Secretário da Defesa (que conduziu o processo de guerra durante o final da 2ª Guerra Mundial, crise dos mísseis de Cuba e Vietname) percebemos melhor o que leva os homens à guerra. E, também, que alguns deles o podem fazer sabendo que não há nada de mais errado do que um homem matar outro.

Como não tive pachorra para o filme francês (creio) OR MON TRESOR - e bem, a julgar pelo enfado de alguns dos espectadores apanhados em falso), pude pensar com calma se queria ver o filme O ALBINO (que estreará em Setembro) ou o super-comentado em Cannes TARNATION. Optei por este último. Sala totalmente esgotada, de novo.
Resumidamente, trata-se de um interessante filme, feito a partir dos auto-registos (em vídeo, super 8...) do realizador. Ao contrário do que a sinopse sugeria não me pareceu um filme "sobre a mãe". Antes um exercício virtuoso de um Narciso. Mas que exercício...!
Custou perto de 200 dólares, montado num Macintosh caseiro...
A quem servir a lição, que a aprenda.

tarnation.jpg

Amanhã há mais.

Sem comentários: